Planejamento Estratégico

O Planejamento Estratégico da Pós-Graduação em Estudos da Tradução (PGET) foi elaborado em estreita sintonia com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFSC 2020–2024, aprovado em 19 de dezembro de 2019. O PDI da UFSC estabelece as diretrizes estratégicas da universidade para o período, abrangendo missão, visão, política pedagógica institucional e 55 objetivos estratégicos, desdobrados em 559 iniciativas e 332 indicadores de desempenho. Além das áreas tradicionais de ensino, pesquisa e extensão, o documento contempla temas transversais como cultura, esporte, inovação, internacionalização, inclusão, diversidade e sustentabilidade ambiental. Alinha-se também à consolidação de uma pós-graduação inclusiva, inovadora, interdisciplinar e internacionalizada, que responda às demandas sociais com soluções sustentáveis.

A missão da UFSC é produzir, sistematizar e disseminar o saber filosófico, científico, artístico e tecnológico, promovendo formação acadêmica para o exercício profissional, a reflexão crítica e a solidariedade nacional e internacional. Sua visão institucional busca consolidar-se como uma universidade de excelência e inclusão, orientada por valores como ética, inovação, autonomia e sustentabilidade.

Alinhamento ao PDI da UFSC

No contexto da pós-graduação, o PDI enfatiza:

  • Qualidade, inclusão e permanência estudantil;
  • Expansão de cursos presenciais e a distância;
  • Promoção da inovação, empreendedorismo e internacionalização;
  • Integração interdisciplinar e fortalecimento de redes de pesquisa;
  • Infraestrutura qualificada e impacto social;
  • Valorização de políticas de interiorização e redução de assimetrias regionais.

A construção do PDI 2025–2029 está em fase final (junho de 2025), com novas diretrizes voltadas à expansão da pós-graduação nos campi, fortalecimento das ações afirmativas, sustentabilidade, ensino híbrido e internacionalização acadêmica.

Planejamento Estratégico da PGET

Em consonância com esses princípios, o Planejamento Estratégico 2021–2024 da PGET foi estruturado por uma comissão representativa (docentes, discentes, técnicos e uma egressa), com base em diagnósticos institucionais e referenciais reconhecidos na área. O processo iniciou-se em 2018, foi aprovado em 2019 e consolidado após a publicação do PDI da UFSC. 

A missão da PGET é consolidar-se como um polo de excelência em ensino, pesquisa e extensão nos Estudos da Tradução e da Interpretação, promovendo formação ética e produção de conhecimento de alto impacto.
A visão do Programa é formar pesquisadores de alto nível, críticos, éticos e engajados, preparados para atuar com excelência em contextos diversos.
Seus valores fundamentais incluem: competência, compromisso social, ética, colaboração, inovação, inclusão, diversidade epistêmica, visibilidade e engajamento institucional.

Eixos Estratégicos e Ações Prioritárias

A estrutura do Planejamento Estratégico está organizada em cinco eixos estratégicos, com metas claras e ações distribuídas por objetivos específicos:

EIXO 1 – PROGRAMA

Objetivo: Assegurar coerência entre proposta, currículo, linhas de pesquisa, perfil docente, infraestrutura e autoavaliação.

Metas:

  • Atualização contínua da estrutura curricular;
  • Seminários de alinhamento interno semestrais;
  • Monitoramento da produção acadêmica docente;
  • Ampliação de publicações qualificadas;
  • Sistema anual de autoavaliação com revisão quadrienal;
  • Alinhamento do plano da PGET ao da UFSC;
  • Revisão periódica dos critérios de credenciamento docente.

EIXO 2 – FORMAÇÃO

Objetivo: Aprimorar a formação discente, fortalecendo produção, egressos, integração com a graduação e acompanhamento institucional.

Metas:

  • Aumento de defesas dentro do prazo;
  • Estímulo à publicação de teses e dissertações;
  • Participação discente em eventos e periódicos;
  • Integração entre graduação e pós-graduação;
  • Monitoramento do tempo médio de titulação;
  • Avaliação da inserção profissional dos egressos;
  • Fortalecimento da atuação docente na formação.

EIXO 3 – IMPACTO NA SOCIEDADE

Objetivo: Expandir o impacto científico, social e internacional da PGET, reforçando sua visibilidade e articulação institucional.

Metas:

  • Aumento de publicações em coautoria e alto impacto;
  • Ampliação das cooperações interinstitucionais;
  • Fortalecimento da internacionalização da Cadernos de Tradução;
  • Disciplinas ministradas em línguas estrangeiras;
  • Mobilidade acadêmica (alunos e docentes);
  • Parcerias com países do Sul Global;
  • Integração regional por meio de programas como DINTER, PROCAD, PrInt.

EIXO 4 – POLÍTICAS AFIRMATIVAS, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE

Objetivo: Garantir o acesso e permanência de grupos minorizados e assegurar a acessibilidade plena nas atividades da PGET.

Metas:

  • Destinar 28% das bolsas à política de ações afirmativas, conforme Resolução Normativa 145/2020/CUn;
  • Apoio institucional contínuo a discentes surdos, indígenas e com deficiência;
  • Implementação de estratégias pedagógicas inclusivas;
  • Parcerias regionais voltadas à inclusão.

EIXO 5 – INFRAESTRUTURA, COMUNICAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

Objetivo: Modernizar os meios de comunicação e infraestrutura da PGET, garantindo acessibilidade, transparência e sustentabilidade.

Metas:

  • Atualização do site e versões multilíngues acessíveis;
  • Criação de canais digitais de divulgação científica;
  • Sistema de monitoramento da visibilidade institucional;
  • Captação de recursos externos;
  • Popularização dos Estudos da Tradução e da Interpretação;
  • Participação ativa da comunidade nos canais institucionais.

Avaliação, Fortalecimento e Perspectivas

A nota 6 obtida na Avaliação CAPES 2017–2020 foi resultado direto da aplicação desse planejamento, destacando-se:

  • Integração entre graduação e pós-graduação;
  • Corpo docente altamente qualificado e produtivo (90% com pós-doutorado, 50% com dois);
  • Inserção internacional com parcerias consolidadas e convênios de cotutela;
  • Política de autoavaliação permanente;
  • Compromisso com acessibilidade, inclusão e impacto social.

Entre os desafios mapeados pela CAPES e pela autoavaliação da PGET, destacam-se:

  • Desigualdade na produção entre docentes;
  • Falta de sistematização de dados sobre ações afirmativas;
  • Ausência de interlocução estruturada com a educação básica;
  • Inconsistências na Plataforma Sucupira;
  • Necessidade de modernização do site institucional.

Esses pontos deram origem a ações corretivas no planejamento atual e fundamentam as diretrizes do Planejamento Estratégico 2025–2028, já em fase de elaboração.