Histórico da PGET

A Pós-Graduação em Estudos da Tradução (PGET) foi criada em 2003, resultado do esforço conjunto de um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e obteve o conceito 3. À época, o corpo docente era composto, em parte, por professores em início de carreira e, em parte, por docentes experientes oriundos de programas como Literatura, Inglês e Linguística, todos com linhas de pesquisa em tradução. A proposta de criação visava consolidar e integrar pesquisas até então segmentadas na UFSC, unindo esforços em torno da formação de pesquisadores com foco específico nos Estudos da Tradução. Esse movimento acompanhava o crescimento da área tanto no Brasil quanto no exterior. Desde o início, o Programa se estruturou com base em seu planejamento estratégico e em avaliações internas contínuas. Como resultado, na primeira avaliação da CAPES, recebeu conceito 4. E na sequência, foi aprovado o curso de doutorado, com a primeira turma iniciando em março de 2009. A partir desse mesmo ano, a PGET passou a integrar a European Society for Translation Studies, ampliando a sua inserção internacional. No triênio 2010–2012, a nota da PGET foi elevada para 5. No quadriênio 2013–2016, o Programa alcançou a excelência, obtendo o 6, que foi mantido na avaliação de 2017–2020. A manutenção do conceito 6 deveu-se a um conjunto de ações planejadas e avaliadas continuamente, dentre as quais se destacam:

  • Política de acompanhamento da produção docente e discente;
  • Presença constante de professores nacionais e de professores visitantes estrangeiros de diferentes nacionalidades;
  • Revisão periódica das linhas de pesquisa e disciplinas;
  • Equilíbrio entre docentes, número de projetos por linha de pesquisa;
  • Fortalecimento de acordos institucionais nacionais (DINTER, PROCAD) e convênios internacionais;
  • Consolidação da revista Cadernos de Tradução (Qualis A1, SciELO, Scopus, Web of Science);
  • Processo rigoroso de credenciamento e recredenciamento docente;
  • Realização sistemática de eventos acadêmicos com a participação de convidados nacionais e internacionais;
  • Criação e consolidação de eventos internos como o Seminário de Pesquisas em Andamento (SPA/PGET) e o Seminário de Egressos (SEPGET);
  • Participação ativa em editais de fomento e projetos de cooperação nacionais e internacionais;
  • Diálogo permanente com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFSC.

Durante o quadriênio 2021–2024, a PGET concentrou a sua atenção em quatro eixos:

  1. Internacionalização
  • Projeto Capes/PrInt “Tradução, Tradição, Inovação”;
  • Cátedra Unesco de Políticas Linguísticas para o Multilinguismo;
  • Cotutelas e coorientações com instituições estrangeiras;
  • Publicações conjuntas e eventos acadêmicos com abrangência internacional.
  1. Impacto social
  • Formação para tradução e interpretação em contextos de saúde, educação e justiça;
  • Ações em comunidades surdas e escolares;
  • Traduções comentadas e participação na licenciatura indígena;
  • Fortalecimento da Cadernos de Tradução, com crescente alcance internacional.
  1. Inclusão e ações afirmativas
  • 34,5% de ingressantes oriundos de ações afirmativas (pardos, pretos, indígenas);
  • 10,7% de estudantes com deficiência (auditiva, visual, autismo);
  • 45,2% dos ingressantes entre 2021 e 2024 contemplados pelas políticas de ações afirmativas da PGET e da UFSC.
  1. Formação e inovação

Projetos articulando docentes, discentes e egressos:

Corpo docente e internacionalização

Ao final de 2024, a PGET contava com:

  • 30 docentes permanentes (78,9%)
  • 8 docentes colaboradores (20,1%)
  • 92% com pós-doutorado concluído
  • 11 bolsistas de produtividade em pesquisa do CNPq (26,8%)

Além do quadro permanente, a PGET recebeu 33 visitantes estrangeiros de curta e média duração entre 2021 e 2024, oriundos de países como Bélgica, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, Índia, Irlanda, Itália e Portugal. Docentes de longa duração que passaram pelo Programa incluem José Lambert, John Gledson, Berthold Zilly, Malcolm Coulthard, Martha Pulido, Odile Cisneros e Philippe Humblé.

Visibilidade e comunicação pública

Outros canais de divulgação:

A produção editorial também é acessível na Biblioteca Digital da PGET.

Os recursos financeiros repassados pela CAPES são gerenciados por uma comissão gestora e aplicados em:

  • Bolsas de mestrado e doutorado;
  • Apoio à participação de docentes e discentes em eventos científicos;
  • Financiamento de publicações impressas e digitais;
  • Vinda de professores nacionais e estrangeiros para atividades acadêmicas/científicas

Com duas décadas de atuação (2004–2024), a PGET consolidou-se como polo de excelência na área dos Estudos da Tradução e da Interpretação. Por meio da articulação entre ensino, pesquisa e extensão, a PGET tem contribuído para a qualificação da área no Brasil e no exterior, mantendo como pilares a  internacionalização, a inclusão social, a inovação e a produção de conhecimento socialmente relevante.